Estação desacelerar: um convite a chegar devagar

Estação desacelerar: um convite a chegar devagar

July 19, 2018 0 By Michelle Prazeres

Um dos chamados do DIA SEM PRESSA | SLOW DAY é: “Pare. Faça uma pausa. Respire. Cuide de você”.
E para convidar os participantes do evento a viverem a desaceleração desde a sua chegada, o Ateliezin cuidados oferecerá uma experiência de cartografia temporal, somada à experiência do Laboratório dos Afetos. “A partir de uma pergunta sobre o ‘estado de tempo’ com que as pessoas chegam no Dia Sem Pressa, vamos juntos construir uma cartografia com as palavras-chave colhidas e escolher as fórmulas do Laboratório de Afetos que nos ajudem a manter ou transformar esse estado”, explica a criadora do Ateliezin, Gisella Hiche.

Ela explica que para esta atividade, estarão disponíveis as fórmulas “diluidor de densidade urbana”, “dilatador do tempo”, “desacelerador pessoal”, “depurador de desejo”, “conector de desejos”, “plasticidade subjetiva”, “aqui e agora” e “amor amor amor”. As fórmulas serão apresentadas em frascos borrifadores (sprays) em preparados de água com óleos essenciais e outras plantas.

O objetivo da experiência é convidar os visitantes a desacelerar e entrar no ritmo do evento, experimentando-o com atenção plena e presença. Por isso, esta estação recebeu o nome de Estação DESACELERAR.

 

Saiba mais sobre Gisella
Gisella Hiche é formada em jornalismo e trabalhou por cinco anos na ONG Viração Educomunicação. Tem “um pé” nas artes, em especial junto aos coletivos de arte de São Paulo, sendo uma das fundadoras do coletivo EIA, que, de 2004 a 2012, foi atuante tanto como organizador de festivais de arte em espaços públicos como propositor de ações-estéticas que de alguma forma fazem confluir questões de nosso modo de vida das grandes metrópoles. Nesta imersão na arte-política, passou a frequentar as jams de contato-improvisação e a partir de um encontro potente com esta dança, abriu um espaço de atuação na vida, que leva sempre em conta o corpo e seus afetos. A dança a levou para uma formação como massoterapeuta e a desenvolver um mestrado em psicologia clínica, no Núcleo de Estudos da Subjetividade em São Paulo. Atualmente é terapeuta no Ateliezin_cuidados, onde integra diversos conhecimentos mobilizados a partir de sua trajetória para oferecer atendimentos individuais e em grupo de massoterapia, escutas-cartográficas para indicação de florais e trabalhos com o Laboratório de Afetos.
O Laboratório de Afetos é uma frente de pesquisa-ação que começou dentro do coletivo de arte EIA, em 2012, como uma ação-performática e interativa que pesquisava os afetos das pessoas para criar um ‘agente-ficcional’, que é aquele mais conectado com sua potência vital. Para isso o EIA criou algumas fórmulas, cujo poder não está em sua composição química- basicamente água- mas nos nomes que as fórmulas recebem e como elas podem afetar nossas sensações e pensamentos de si e dos coletivos.

Hoje em dia o Laboratório de Afetos está sendo desenvolvido por Gisella Hiche que é uma das fundadoras do EIA, mas também terapeuta no Ateliezin, e seu foco está ainda na criação, experimentação e desenvolvimento das fórmulas para a transmutação e/ou potencialização de afetos que caminham junto com os modos de vida dos centros urbanos e contemporaneidade, bem como processos coletivos de sistematização/visualização/cartografia desses afetos/conceitos/discursos em circulação na cidade e outros espaços.

Para saber mais:
https://ateliezin.wordpress.com/