6 livros para você pensar na sua relação com o tempo

O Desacelera SP listou seis obras que podem apoiar a sua reflexão sobre a sua relação com o tempo.
Esperamos que você possa ler sem pressa. 😉

1. Devagar. De Carl Honoré. Editora Record

Considerado a “bíblia” do Movimento Slow, o livro do jornalista escocês problematiza a velocidade como regra e apresenta a ideia de “tempo giusto”. Devagar não é ser lento, mas dedicar às coisas o tempo que elas precisam. Os capítulos do livro trazem “aplicações” do conceito de slow nas cidades, na medicina, na criação de filhos e na alimentação.

 

2. Pequeno tratado do decrescimento sereno. De Serge Latouche. Editora WMF

O autor afirma que a humanidade vive uma crise sistêmica e que não é mais possível pensar em crescimento sustentável. Para frear processos de degradação (ambiental, humanos, sociais, etc), é preciso decrescer. Latouche descreve como deveria ser realizada essa transição nas sociedades produtivistas, para que evitemos catástrofes ecológicas e humanas. O decrescimento é apresentado como uma ‘utopia concreta’.

 

3. Rápido e Devagar. De Daniel Kahneman. Editora Objetiva

O vencedor do Nobel de Economia Daniel Kahneman mostra duas formas de pensar: o pensamento rápido, intuitivo e emocional e o devagar, lógico e ponderado. O autor aponta a capacidade do pensamento rápido, sua influência persuasiva em nossas decisões e até onde podemos ou não confiar nele. O entendimento do funcionamento dessas duas formas de pensar pode ajudar em nossas decisões pessoais e profissionais.

 

4. Obrigado pelo atraso. De Thomas L Friedman. Editora Companhia das Letras

O subtítulo da obra é “um guia otimista para sobreviver em um mundo cada vez mais veloz”. O autor entende que a vida em sociedade está sendo transformada em tantos aspectos e de forma tão rápida, que ficamos desnorteados. Friedman discute os grandes movimentos que estão redefinindo o mundo. Para ele, se quisermos entender o século XXI, é preciso entender que as três maiores forças do planeta — a tecnologia, a globalização e as alterações climáticas — mudam numa velocidade muito alta e de forma simultânea. Vivemos uma era das acelerações, que transforma cinco pontos-chave da sociedade: o local de trabalho, a política, a geopolítica, a ética e a comunidade. Com otimismo, Friedman mostra que podemos superar os múltiplos estresses dessa nova era se diminuirmos a marcha, se ousarmos nos atrasar e usarmos esse tempo para reimaginar a sociedade.

 

5. “Sociedade do Cansaço” de Byung-Chul Han. Editora Vozes.

O autor problematiza a sociedade do cansaço, que se transmuta na realidade de diversas forma: “sociedade de desempenho”, “sociedade do trabalho”. Para Byung-Chul Han, somos chefes de nós mesmos e esta é uma forma de coerção mais eficiente do que a sociedade do controle. Ele aponta que perdemos a capacidade de dedicar atenção ampla e contemplativa às tarefas, pois somos “animais laborais”, impossibilitados do recolhimento contemplativo. A absolutização do trabalho, para o autor, é uma das grandes engrenagens da sociedade do cansaço: uma sociedade hiperativa que, na verdade, é hiperpassiva, porque não se permite mais pensar; e o pensamento seria a mais ativa atividade. Ele afirma a necessidade do tempo intermediário, sem trabalho; e de resgatar a celebração, a festa, o belo e o divino no cotidiano e na política.

 

6. A arte do tempo. De Jean Louis Servan-schreider. Editora Cultura Editores associados

O autor propõe uma aventura pelas trilhas do autoconhecimento para que se aprenda a lidar com o que o ser humano tem de mais precioso: seu tempo. O tempo, em última análise, é a matéria-prima da vida; e precisa ser bem usado, porque – uma vez passado – é irrecuperável.

 

* Os resumos foram escritos com informações próprias, a partir de leitura das obras; com apoio em textos publicados por livrarias e editoras; e de resenhas publicadas no Google Books.